Friday 17 July 2009

Tragédia que virou atração

Ekaterimburg é a “grande” cidade da região dos Montes Urais (pouco mais de um milhão de habitantes). Decidimos fazer uma parada aqui mais para dar uma folga no meio da viagem do trem do que por nos interessarmos pela cidadezinha em si.
Ao que parece o grande atrativo da cidade é que foi aqui que os Bolcheviques, a mando de Lênin, em 1918, assassinaram o último Czar da Rússia, Nicolau II e toda a família dele (mulher, filho, quatro filhas, e ainda o médico da família, um servo, uma camareira e o cozinheiro)! Anos mais tarde a família – os Romanov – foram canonizados como mártires pela igreja ortodoxa. Sim, e eles usam isso como chamarisco para turistas.

Tu visita o local onde eles foram mortos e onde agora tem uma igreja, e uma estátua em homenagem a eles:


Depois tu vai até o meio da floresta e visita o local onde foram enterrados os corpos e onde agora tem um monastério.



E é isso aí!

Nesta cidade ficamos em um hostel que nos parecia quase que a única opção quando fizemos a reserva, meses atrás, pela internet. O local é um apartamento de um quarto, que a Katia (menina que gerencia o local), conseguiu convencer os seus pais a fazerem um hostel. O resultado são uns beliches na sala e no quarto, umas camas de armar e um sofá cama. Tudo muito velho. A impressão de todos que chegam é de “Putz... Onde é que eu vim parar...”. Mas no final das contas a Katia é tão tão tão querida e atenciosa, e o pessoal que fica lá também é tão legal que não tem como sair com arrependimento de ter ficado lá.



Conhecemos neste hostel pessoas super interessantes. A gente que achava que a nossa viagem era longa, ficou de queixo caído com as viagens que as pessoas estão fazendo! Conhecemos umas gurias escocesas que estão viajando por 8 meses! E uma americana que está viajando há 20 meses! As pessoas fazem coisas incríveis, de verdade!
Ekaterimburgo valeu por isso, pelas pessoas que conhecemos e pelo descanso da viagem vindo de Moscou e para a preparação da que estava por vir, de 52 horas, até Irkutsk, a capital da Sibéria!









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