A nossa passagem pelo Nepal, que juntamente com a província do Tibet, na China, são chamados de “O Teto do Mundo”, foi de uma semana apenas, mas conseguimos ver o suficiente por uma vida! Somos, o Filipe e eu, apaixonados por montanhas, elas nos fascinam. Sendo assim, que lugar melhor do que o Himalaia para satisfazer nossa vontade de observá-las?
Desembarcamos em Kathmandu, a capital do país e passamos por ali dois dias, passeando, visitando os templos e bazares e planejando qual a melhor maneira de nos aproximarmos o máximo possível da cadeia.





Descobrimos que, há seis horas de viagem de ônibus da capital fica a cidade de Phokara, de onde poderíamos ver de perto a cadeia do Annapurna (Annapurna I 8.091m, Annapurna II 7.939, Annapurna III 7.555m, Annapurna IV 7.525, Machhapuchhre 6.997m e Hiunchuli 6.441m). A cidade por si só já é um passeio super agradável. Ficamos no primeiro dia sentados à beira do Lago Seti tentando enxergar alguma montanha ao fundo, mas as nuvens teimaram em não ir embora (também descobrimos mais tarde que as montanhas ficava pro outro lado... hehehe).





Na manhã seguinte acertamos com um taxista de pegarmos a estrada às 5h para subir até a vila de Sarangkot, no topo de um morro e de lá assistirmos de camarote o sol nascer sobre a cadeia.

Foi um espetáculo que aplaudimos de pé! Sensacional! As fotos refletem pouco da beleza e exuberância que tivemos a oportunidade de ver de perto. Realmente de tirar o fôlego e não consigo achar mais palavras para descrever uma experiência que ficará pra sempre marcada em nossas memórias!




De volta a Kathmandu, ainda sedentos pelas montanhas descobrimos uma outra maneira de observá-las de perto. Compramos passagens para um vôo de 1h de duração, em um aviãozinho bimotor (dezesseis passageiros em duas filas de 8, todos sentadinhos nas janelas do que mais parecia uma van com asas!). Decolamos às 7h, logo depois do nascer do sol e voamos em direção ao gigante de todas as montanhas. A aeromoça foi ótima, ela ia passando, passageiro por passageiro e apontando pela janela as montanhas e as descrevendo (altitude, um pouquinho da história e curiosidades).







Nem preciso dizer que os queixos caíram ao avistarmos o Everest, com seus imponentes 8.848m de altitude, ao longe no horizonte... As montanhas do Himalaia são todas enormes, grande parte acima dos 8.000m de altura, mas quando se olha para o Everest, as demais parecem marolas naquele mar de pedra e gelo, e lá vem o tsunami!

Mesmo depois de décadas de tentativas, a primeira expedição a alcançar o cume do Everest aconteceu apenas em 1953, e a primeira ascenção sem auxílio de oxigênio em 1978. A mais jovem pessoa a escalar o pico foi a menina sherpa (nativa local) de 15 anos, Ming Kipa, e o mais velho, Min Bahadur Sherchan, de 76 anos. Apa Sherpa, outro nativo, foi a pessoa que alcançou o pico mais vezes, 19 até maio deste ano. Até o final de 2008, cerca de 2.700 pessoas já alcançaram o topo do Everest (muitas delas por mais de uma vez), e já morreram na montanha por volta de 210 pessoas.
Alguns turistas não tão experientes contentam-se a fazer um trekking até o Campo Base da montanha apenas. Chegamos a cogitar esta possibilidade que imediatamente descartamos ao descobrir que a caminhada leva de 15 a 21 dias! É só para os que já têm um mínimo de experiência, quem sabe um dia...
E foi aqui que terminou nossa aventura pela Ásia. Com certeza ficou muita coisa por ver, muita coisa que merecia um pouco mais de atenção, mas estamos muito satisfeitos com nossa primeira abordagem ao continente, quem sabe um dia nos aprofundaremos um pouco mais. Mas isso fica para um próximo blog, hehehe...
O plano agora é fazer um rápido pit-stop no Brasil e já seguir na estrada (desta vez literalmente, de carro) pela nossa América do Sul, mais uma terra fascinante, cheia de maravilhas e surpresas a serem descobertas! E lá vamos nós!